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Darino Sena

Darino Sena: Lições do primeiro Ba-Vi

Darino Sena (darino.sena@gmail.com)
Atualizado em 25/04/2017 09:25:48

No primeiro Ba-Vi do ano, na Fonte Nova, o Vitória, apesar de ter vencido, sofreu com a marcação adiantada do Bahia, principalmente na etapa inicial. O rubro-negro ficou sem saída de bola pelo meio e pelas laterais. Teve que apelar demais para os chutões. Será que o tricolor terá a mesma postura, ousada, no Barradão? Difícil... 

O provável é que o Bahia espere o Vitória no seu campo. Independentemente da proposta do adversário, o rubro-negro precisará, e muito, da participação ofensiva dos seus meias - Willian Farias, Bruno Ramires e Cleiton Xavier. Este último será essencial pra furar a marcação do Bahia. O camisa 11 tem que aparecer pra triangular com pontas e laterais, e arriscar o passe vertical, pra frente, pra tentar colocar os companheiros na cara do gol. Apesar de ter marcado um dos gols, Cleiton Xavier jogou bem menos do que precisa no último clássico. Ele pode e deve mais. Assim como os volantes. Não podem entrar em campo só pra destruir, como na Fonte Nova.

O primeiro Ba-Vi também mostrou uma grande fragilidade do rubro-negro pelo lado esquerdo. Culpa, em parte, de Geferson, constantemente mal colocado. Culpa também do pouco auxílio do ponta esquerda daquele dia na recomposição - Gabriel Xavier. Desta vez ele não deve jogar. Euller, o provável substituto, terá que ajudar mais, pra que Geferson fique menos exposto e não comprometa tanto.

O que pode ajudar a vida da dupla Geferson e Euller é a ausência de Eduardo. O lateral-direito foi o jogador mais perigoso do Bahia no primeiro Ba-Vi, mas está suspenso. No lugar dele vai jogar o zagueiro Éder. A improvisação num momento decisivo mostra as deficiências do elenco tricolor. 

O Bahia do primeiro Ba-Vi dependeu quase exclusivamente de Eduardo pra levar algum risco ao rival. Vai ter que variar o cardápio. Pra isso, precisa de Allione e Régis, principalmente, muito mais inspirados que na derrota da Fonte Nova. No clássico passado, Fernando Miguel só teve que fazer defesas em cobranças de falta de Juninho. Fora o gol, marcado contra por Alan Costa, foi a única maneira que o tricolor conseguiu mandar bolas na direção da meta rubro-negra. O Bahia pouco entrou na área do Vitória e isso foi culpa, em boa parte, da inoperância de seu meio de campo. Repito: Allione e Régis, os meias mais criativos, precisam jogar mais no Barradão.

Mas não vai adiantar muito se os meias atuarem bem e Hernane for tão mal quanto no primeiro clássico. O camisa nove perdeu todas as divididas pra Kanu, quando não chegou atrasado. Foi uma peça nula na grande área. Chegou a hora do Brocador assumir o protagonismo do Ba-Vi na grande área e não apenas nos microfones.

Ausentes

Fora do primeiro clássico, Jean estreará em Ba-Vis na temporada. Mais do que o desempenho técnico, a expectativa é pelo comportamento do goleiro num jogo grande dois anos depois de ter sido lançado precocemente nos profissionais. O Jean 2015 mostrou imaturidade e pouca concentração em momentos decisivos. Terá o Jean 2017 evoluído?

Surpresa?

É pouco provável a presença de Kieza no Ba-Vi de quinta. Se ele não puder  jogar mesmo, o Vitória vai de André Lima, certo? Talvez não. Contra o Vitória da Conquista, Argel preferiu Paulinho, que dá mais velocidade e reforça o contra-ataque. Funcionou - Paulinho marcou gol e foi bem.

Bola parada

A bola parada foi decisiva no último clássico. Foi numa cobrança venenosa de escanteio de Patric que Kanu marcou o segundo gol. Além do lateral-direito, o Vitória tem Cleiton Xavier que bate bem na bola e ganha um reforço de peso na bola parada - o zagueiro Fred. O Bahia tem Régis e Juninho, seu melhor batedor. Quem levará a melhor?

Favoritismo

Por jogar em casa, pela inconsistência do adversário nos jogos como visitante com Guto Ferreira e por ter mais jogadores decisivos, o Vitória é favorito quinta-feira.

Darino Sena é jornalista e escreve às quintas-feiras.

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