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Darino Sena

Darino Sena: Que venha o Ba-Vi!

Darino Sena (darino.sena@gmail.com)

Bahia e Vitória estão prontos para o Brasileirão? Os resultados neste início de ano induzem os menos criteriosos a responder que sim. Mas o nível da maioria dos adversários que a dupla enfrentou reforça a opinião dos que têm dúvida. Estou com estes.

Em termos práticos, o Ba-Vi do próximo domingo, ainda pela fase classificatória do Campeonato Baiano, não vale muita coisa. Mas pode começar a revelar o que de fato serve e o que não serve no tricolor e no rubro-negro para o grande desafio de 2017, o Campeonato Brasileiro.

Um jogo entre times de Série A, com alta pressão, menos pelo que está em jogo, mas pela rivalidade quase secular. Contexto ideal para analisar reações técnicas e psicológicas de jogadores que ainda não se firmaram, bem como mentalidades de jogo propostas até então pelos dois treinadores.

O Ba-Vi desse domingo é o primeiro grande teste do ano pra essa gente. Não será o único. É muito provável que aconteçam cinco clássicos antes do início do nacional.

Espero que, depois dessa sequência clássica (literalmente), prevaleça a razão entre os cartolas. Que não se iludam pelos resultados. Tenham equilíbrio pra separar o joio do trigo, independentemente de quem passe pra final do Nordestão ou levante a taça do estadual. Que façam as mudanças de rota necessária pra evitar que as desilusões de final de ano continuem sendo rotina para os nossos torcedores.

Ano passado, o Santa Cruz ganhou o regional e o pernambucano. E naufragou na elite. O santinha de 2016 mostrou que o resultado pode cegar e acomodar. Tomara que os cartolas baianos tenham aprendido essa lição.

FAVORITISMO  
Se o jogo de domingo fosse no Barradão, o Vitória seria favorito. Menos pelo que o rubro-negro tem apresentado em seu estádio e mais pela inconsistência das atuações do Bahia de Guto Ferreira como visitante.

Mas o jogo é na Fonte Nova, onde o Bahia tem deitado e rolado contra adversários médios e fracos. E agora, como se comportará o time de Guto Ferreira diante do seu primeiro rival de elite na gestão do treinador?

O Vitória de Argel tem mais jogadores decisivos. O Bahia de Guto é imbatível na Fonte Nova, onde se comporta melhor. Até as 16h de domingo, o equilíbrio é a marca desse primeiro Ba-Vi.

LEMBRANÇAS
A sequência de clássicos que vem por aí me faz lembrar dos anos 90, quando a overdose de Ba-Vis era rotina. Tempo em que eu, guri, ia pra Fonte Nova a pé e assistia aos jogos na parte da arquibancada que ficava embaixo da tribuna de imprensa. No intervalo eu ficava pulando e olhando lá pra dentro na expectativa de reconhecer e receber um aceno de um dos meus ídolos na rádio. Domingo tive a oportunidade de estar ao lado do maior deles. Pela primeira vez comentei um jogo com a narração de Sílvio Mendes, um dos maiores ícones do rádio brasileiro. Quando comecei minha carreira, há 18 anos, eu tinha o sonho de fazer rádio. Mas nunca imaginei estar ao lado de Sílvio. Foi especial demais. Assim como têm sido especiais esses cinco anos aqui no CORREIO, completados hoje. E lá se vão 221 colunas... Só tenho uma coisa para dizer à direção do jornal e a você, leitor, o grande responsável pela manutenção desse espaço: muito obrigado!

LIBERDADE  
O Internacional foi até a Corte Arbitral do Esporte solicitando a perda de pontos do Vitória e sua consequente permanência na elite do Brasileirão. Tudo isso porque a CBF deu margem. O colorado questiona a entidade por um possível erro na aprovação da transferência de Victor Ramos. O Inter só teve condições de apelar ao tapetão porque a CBF errou. Independentemente do resultado dessa briga nos tribunais, o caso deveria servir para conscientizar os grandes clubes brasileiros do óbvio – não dá mais pra depender da CBF pra organizar nossos campeonatos.

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