Negócios: O Polo e a crise hídrica

O Comitê de Fomento Industrial de Camaçari planeja contratar um meteorologista e usar o supercomputador do Cimatec para enfrentamento da crise hídrica causada pela seca

  • D
  • Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2017 às 08:33

- Atualizado há um ano

O Cofic (Comitê de Fomento Industrial de Camaçari), espécie de síndico do Polo, vai dar mais um passo adiante no enfrentamento da crise hídrica causada pela seca. A ideia é contratar um meteorologista e usar o supercomputador do Cimatec para efetuar cálculos e construir modelos matemáticos para aumentar a previsão do tempo para um horizonte de até um ano.  

Diante da crise, a Embasa, no início do ano, reduziu o bombeamento de água para as indústrias de Camaçari, de 2 mil m³/hora para 1,1 mil m³/hora. Segundo o superintendente geral do Cofic, Mauro Pereira, essa diminuição não afetou a produtividade do complexo, que, seguindo seu planejamento, deve fechar o ano com capacidade de operar, sem perda de produtividade, com um volume de até 800 m³/hora. “Quando a Embasa reduziu o bombeamento, o Polo operava com 1,8 mil m³/hora. E reduzimos a necessidade de água sem problemas por conta do nosso planejamento”, afirmou.Duas décadasAinda de acordo com Pereira, o trabalho de redução do consumo de água pelo Polo vem sendo feito, ininterruptamente, há 20 anos e se intensificou depois que o estado de São Paulo viveu a  maior crise hídrica de sua história, em 2014. “Aprendemos lições importantes ali. Ainda hoje ouvimos o que as indústrias paulistas fizeram e o que pode ser replicado aqui”, falou. “Todas essas crises mostram que a água será um recursos cada vez mais difícil, e caro, de se conseguir. Por isso temos de avançar no planejamento”, completou.

Entre as medidas que vêm sendo adotadas há duas décadas e que se mostram cada vez mais necessárias estão o uso de novas tecnologias que reduzem a necessidade de consumo de água na produção, maior conscientização para o uso racional da água, a implantação de processos que garantem uma maior reutilização da água usada em um ciclo de produção anterior e a otimização da água retirada de poços locais.

Festival cresce 13%

Autointitulado o maior festival de comida de raiz do Brasil, o festival Comida di Buteco segue crescendo. Em Salvador, ele chega à 10ª edição reunindo 34 botecos, 13% a mais que em 2016. Em termos nacionais, são 18 edições e a expectativa dos organizadores é a de um crescimento de 20% em relação ao ano passado, quando o festival movimentou R$ 120 milhões, gerou 6 mil empregos e vendeu mais de 390 mil petiscos e, em termos de participação popular, somou 450 mil votos, 5% a mais que em 2015. Para este ano, o objetivo é levar 5 milhões de apaixonados por botecos às urnas dos mais de 500 concorrentes, para eleger o Melhor Boteco de cada cidade e do Brasil.

Fique por dentro

Construção sustentável: A Ademi-BA realiza seu VIII Fórum de Sustentabilidade, no próximo dia 28, no Teatro Eva Hertz. Uma das palestras é do arquiteto e especialista em eficiência energética Antônio Macedo Filho.