Pitty retorna aos palcos baianos e lota a Concha Acústica; veja fotos

Público de todas as idades foi conferir o show da roqueira que recebeu Larissa Luz e Nancy Viégas

  • Foto do(a) author(a) Roberto  Midlej
  • Roberto Midlej

Publicado em 30 de julho de 2017 às 22:37

- Atualizado há um ano

Na plateia, havia meninos e meninas de dez anos, adolescentes e a galera que já passou dos 40(Foto: Marina Silva/CORREIO)Já tinha quase dois anos que Pitty não encarava o público soteropolitano e os fãs que estiveram ontem na Concha mostraram que a cantora baiana é capaz de reunir admiradores dos mais diversos perfis. Na plateia, havia meninos e meninas de dez anos, adolescentes e a galera que já passou dos 40 há algum tempo e acompanha a artista desde os tempos da Inkoma, banda que marcou o rock soteropolitano nos anos 90.

“Eu já estive muitas vezes aí onde vocês estão e outras vezes aqui no palco. E os dois lugares são massa!”, falou ao público. “E fiquei aí no poço (local  perto do palco, onde os fãs mais ardorosos se aglomeram), mas agora vocês tão de boa. No meu tempo, não era assim tranquilo não”, brincou, lembrando-se da época em que ia aos shows na Concha  como espectadora.

Na apresentação, Pitty fez questão de homenagear cantores e compositores baianos, relembrando músicas que nasceram na Bahia. Cantou um pouco de Sociedade Alternativa, de Raul Seixas, lembrou o reggae Lute, de Edson Gomes, e ainda teve Dê um Rolê, originalmente dos Novos Baianos, que abria a novela Rock Story em sua voz. Confira abaixo algumas fotos do show. 

[[galeria]]

A cantora convidou colegas baianas para se juntarem a ela. Primeiro foi Larissa Luz, que entrou cantando a música própria Descolonizada. Em seguida, Pitty mandou Desconstruindo Amélia, ode à mulher moderna, que comprova seu engajamento  na batalha feminista: “A despeito de tanto mestrado/Ganha menos que o namorado/E não entende porque”. “A gente precisa se reinventar, dar na cara desse machismo escroto”, disse Larissa Luz, que ganhou a aprovação da plateia. “Essa mulher é um furãcão”, elogiou Pitty.

Em seguida, voltou a lembrar de suas andaças pelo mundo rocker soteropolitano nos anos 90. “Tava passando um filme na minha cabeça, lembrando do tempo em que a gente pegava os equipamentos e saía pela cidade e tudo que a gente queria era se comunicar com o público. Eu na Inkoma, Duda (o baterista) na Lisergia e Martim nas 400 bandas que ele teve”. Depois, chamou a roqueira Nancy Viégas para um dueto.

Na plateia, uma das mais animadas era a estudante Evelyn Aquino, que exibia o CD autografado que havia conseguido pouco antes do show, no camarim da cantora. “Ouço Pitty desde os seis anos, por causa do meu padrasto. Ganhei a promoção de uma rádio e o prêmio era encontrá-la no camarim”, disse, ainda trêmula em razão do encontro. Era o primeiro show de Pitty a que Evelyn ia.

A técnica em enfermagem Leide Gomes, 34, começou a ouvir Pitty em 2003, quando ela estourou com o álbum Admirável Chip Novo. “Já fui a mais de dez show dela, com certeza. Até pra Brasília já fui só para vê-la. A admiro como representante das mulheres. Ela não tem medo de falar o que pensa”, disse Leide,  acompanhada de amigos.

Veja abaixo alguns trechos do show.