Trilhas: Lula sem plateia

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  • Aninha Franco

Publicado em 13 de maio de 2017 às 09:41

- Atualizado há um ano

Nunca assisti, antes, ao Lula sem plateia. E a plateia de um produto me explica o produto. Assisti Lula, quarta-feira, só, sem plateia, diante do Poder Judiciário Brasileiro. Lula fez as piadas que arrancam gargalhadas dos seus seguidores mesmo antes dele concluí-las, e ninguém riu. Lula comparou-se a um vaso chinês e ninguém riu. Lula estava completamente só num embate entre hormônios e neurônios, sem a plateia viciada em rir com seu velhinho-propaganda, reduzida a petistas e sobreviventes do PT. Depois do interrogatório, Lula saiu correndo atrás de uma plateia que, inicialmente seriam de 100 mil companheiros, desceu pra cinquenta mil e fechou em seis mil. Saciou a abstemia com mercenários?Lula chegou num jatinho do ex-ministro Mares Guia, investigado por corrupção. Possivelmente dirá que não sabia de quem era o jatinho ou o que é corrupção. Do aeroporto, deslocou-se para o Fórum num Ômega preto, com sua comitiva de ex-presidente, para dizer ao Poder Judiciário que o investiga e julgará o advérbio de negação quase 100 vezes. Negou tudo e todos. Lula não sabia de nada e não percebeu em oito anos de presidência e cinco de copresidência que Renato Duque, Cerveró e centenas de outros por ele nomeados saquearam a Petrobras, que as empreiteiras sucatearam o Erário, que dona Marisa comprou um tríplex da OAS e que Léo Pinheiro não era corretor, era presidente da construtora. Com seu advérbio monotemático, Lula negou sua influência sobre o Partido dos Trabalhadores que se desmilingue diante do país, sem que os outros integrantes saibam o que fazer. Negou qualquer controle sobre o Instituto Lula que, se pudesse, transformaria o Brasil num estado onde a corrupção é atividade lícita. E negará qualquer conhecimento sobre a bolsa que bancou os seis mil humanos, muitos aparentemente de outras nacionalidades da AL, que foram a Curitiba ouvi-lo no pós- interrogatório do não. Lula achou que usar gravata verde e amarela despertaria alguma simpatia no Brasil que, atualmente, despreza o ex-operário revelado um bon-vivant que não viu, ouviu ou disse nada diante do praticado contra o país. Lula responsabilizou o PMDB, que está desmontando a República sindicalista, pelas nomeações dos diretores corruptos da Petrobras, e acusou dona Marisa de interessada no triplex do Guarujá, apesar de não gostar de praia. Depois, no palanque, ainda em Curitiba, chorou, agrediu a imprensa, atacou as “zelite”, e o projeto “Escola sem partido” que está tentando desmontar o “Educar para controlar” petista, e disse que “se a elite não consegue consertar este país, um metalúrgico com o quarto ano primário vai provar que pode”. “Estou pronto para ser candidato a presidente deste país”. Lula, deixe de show que seu tempo de Paquita acabou! Você não pode fazer nada pelo Brasil! Está só querendo escapar do Poder Judiciário! Você “nunca soube” de nada quando foi presidente e copresidente do país por 13 anos, e por isso não tomou providências contra Odebrecht, OAS, Renato Duque, Cerveró, Patinhas e Mônica, saberá em 2018?