Tailândia: estique a viagem e inclua no roteiro lugares próximos a Bangcoc

A cidade de Ayutthaya e o mercado flutuante de Damnoen Saduak são opções de bate-volta partindo da capital da Tailândia

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  • Verena Paranhos

Publicado em 17 de julho de 2017 às 07:19

- Atualizado há um ano

Negociação interessante: vendedores usam gravetos para puxar barcos de clientes (Fotos: Lin Mei/Flickr/Reprodução)Tudo bem que Bangcoc, a capital da Tailândia, tem muito pra ver e fazer, mas já que você vai estar do outro lado do mundo, vale a pena esticar a estada na região e aproveitar para conhecer o entorno em bate-voltas, antes de seguir para as belas praias do país. A cidade de Ayutthaya e o mercado flutuante de Damnoen Saduak são pontos imperdíveis de uma viagem à "terra do sorriso".  

Os dois ficam a  menos de 100km de Bangcoc, mas em direções opostas. Encaixá-los em roteiro de um dia até que é possível, alugando um carro ou contratando tour privado. Certeza é que, ao fim, você estará exausto e perderá a melhor parte de viajar: passear sem compromisso e descobrir o que não está nos guias. Aproveite as dicas ao lado, sem pressa.

Mercado flutuante de Damnoen Saduak

História - Até metade do século 20, os mercados flutuantes eram o principal meio de comércio de Bangcoc. O de Damnoen Saduak (na província de Ratchaburi) é o mais famoso, mas existem outros (Taling Chan, Amphawa).

Dúvida? - É comum encontrar relatos de que é muito cheio e maquiado para turista ver. Fascinada pelas cores das fotografias que encontrei na internet, o incluí no roteiro com certa desconfiança. E fui surpreendida. Em junho, o movimento era grande, mas nada que atrapalhasse. 

No caminho - De Bangcoc a Ratchaburi estão muitos templos budistas. Num carro alugado ou com tour privativo pode-se parar quando der da telha. A paisagem é incrível. Preste atenção nas salinas à beira da estrada. 

Trilhos, pra que te quero! - Pouco antes de chegar ao mercado flutuante, você encontra o Mercado Ferroviário de Maeklnog (ou Mercado do Trem), onde produtos são comercializados na linha do trem e arredores. Imaginou? Basta ouvir apitos para desarmar tudo e em seguida voltar. Negociação interessante: vendedores usam gravetos para puxar barcos de clientes (Fotos: Lin Mei/Flickr/Reprodução)Day tour - Em Bangcoc, dá para contratar os serviços de agências e fazer a parte terrestre a partir de 500 baht (R$ 50). O preço vai ficando mais caro à medida que você associa outras atrações e inclui o ticket do barco. O passeio de barco dura uma hora e custa 3 mil baht (R$ 300) para oito pessoas. 

Mais em conta - O passeio fica mais barato se você for de ônibus (da rodoviária no sul de Bangcoc) até as redondezas do mercado e lá pegar um táxi.

Saia na frente - Chegando cedo, a navegação é tranquila, em barcos a motor ou a remo. Saí do pier às 8h30 e fugi da “hora do rush” no rio, com atividades começando e o clima mais agradável.Até pratos quentes são encontrados nos barcos (Fotos: Lin Mei/Flickr/Reprodução)Explore - Se sua intenção não for compras (para isso dedique um dia inteiro ao gigantesco Chatuchak, nos fins de semana), peça para o barqueiro navegar por canais mais novos ou onde não há comércio. O templo de mármore Wat Benchamabophit é uma boa parada (leve roupa para cobrir-se), assim como a fábrica de açúcar de coco. 

De tudo - Os pequenos barcos vendem de carne de porco assada em espetinhos na hora a frutas frescas, temperos e souvenirs. O preço é mais alto do que em outras feiras, mas barganhando dá pra fazer compras razoáveis e encontrar peças mais diferentes. 

Ayutthaya 

Primeiríssima - Fundada em 1350, Ayutthaya foi por 400 anos capital do reino de Sião, que, além de Tailândia, abarcava Laos, Cambodja e Myanmar. Em seu auge, chegou a ter 1 milhão de habitantes e 1.500 templos budistas. 

Guerra - A cidade foi destruída pelo exército da Birmânia (atual Myanmar) e os templos em ruínas são a principal atração do lugar, que é reconhecido pela Unesco como Patrimônio da Humanidade. Preste atenção: muitos templos têm Budas sem cabeça, pois as estátuas foram decapitadas durante a guerra. Wat Yai Chai Mongkol é um templos dos mais preservados (Foto: Verena Paranhos/CORREIO)Únicos - Wat Lokayasutharam, Wat Maha, Wat Phra Sri Sanphet e Wat Yai Chaya Mongkol são alguns dos templos semidestruídos da cidade. Eles se distinguem totalmente dos que você encontrará no resto do país. Ficam próximos uns dos outros, mas, por conta do forte calor, talvez seja melhor percorrer as distâncias de bicicleta ou tuk-tuk. Os ingressos para visitar cada um deles variam entre 50 e 100 baht (R$ 5 e R$ 10). 

Aproveite - Descanse sob árvores nos parques ou faça passeio de elefante lado a lado aos carros.Wat Lokaya Sutha: o Buda reclinado é cenário do game Street Fighter  (Foto: Verena Paranhos/CORREIO)Por conta própria - A cidade fica a cerca de 80 km de Bangcoc e o trecho pode ser facilmente percorrido de van, ônibus de linha, trem ou day tour com grupo ou privativo. Mais uma vez, acredito que ser independente e escolher à vontade os templos que quer visitar e a hora de parar é a melhor forma de explorar o lugar. De van, trem ou ônibus, você desembarca no terminal e pode contratar os serviços de tuk-tuk, táxi ou alugar uma bicicleta. No Wat Mahathat: cabeça do Buda foi “abraçada” por raízes da árvore (Foto: Verena Paranhos/CORREIO)Onde comer - O Thanam Cafe & Bistro é um excelente lugar para almoçar. Tem área com e sem ar-condicionado. No cardápio, pratos tailadeses famosos - pad thai (o conhecido macarrão de arroz), noodles fritos, arroz frito, salada de papaia - além de opções internacionais e drinques refrescantes. À beira do rio, tem uma bela vista para um templo que não pode ser visitado.   Wat Phra Ram: ruínas e árvores na histórica Ayutthaya  (Foto: Verena Paranhos/CORREIO)