Fatura no vermelho: Especialistas orientam como quitar a dívida e sair do problema

Com a chegada da primeira fatura, após as mudanças no rotativo, especialistas dão dicas de como sair do vermelho

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  • Priscila Natividade

Publicado em 8 de maio de 2017 às 07:39

- Atualizado há um ano

Os consumidores não estão obrigados a aceitar a proposta de negociação feita pelos bancos na fatura e podem recorrer, caso as opções dos bancos não sejam pagáveis. A orientação é do superintendente da Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA), Filipe Vieira. “A ideia principal desta mudança é evitar o superendividamento. Por isso não faz sentido aceitar uma proposta que não será possível quitar”, afirma. Ainda de acordo com ele, o consumidor pode procurar os balcões e canais de atendimento do Procon para ajudá-lo a avaliar as condições ofertadas pelas instituições financeiras. “Se as opções dos bancos forem acima da capacidade real de pagamento, a intervenção do Procon é possível. É importante que o consumidor também conheça as condições que estão sendo ofertadas e busque mais informações nos canais de atendimento antes aceitar o financiamento”.Superintendente do Procon-BA, Filipe Vieira (Foto: Divulgação/Procon-BA)Mais do que nunca o consumidor deve evite o descontrole financeiro se quiser resolver este débito. “A mudança vem como uma forma de forçar o maior controle tornando obrigatório que o banco ofereça outras linhas específicas de crédito para quitar a dívida”, reforça. O advogado especialista em Direitos do Consumidor, Dori Boucault, também tem outro alerta para o consumidor: as taxas de juros ainda são altas, o que o obriga a ter uma atenção redobrada ao pensar nesta negociação. “Cada instituição adotará sua própria sistemática. Por isso, exija da instituição financeira uma explicação melhor de cada detalhe, principalmente como irá funcionar”, orienta Boucault. Caso o limite não seja integralmente utilizado, mesmo com o parcelamento o consumidor vai poder realizar mais compras, situação que vale mais uma recomendação. “Se houver compras parceladas a serem debitadas em sua fatura além das parcelas do financiamento e das compras do mês, haverá ainda a cobrança desses valores todos de uma só vez, o que pode gerar endividamento”, destaca. Outra orientação é ficar ligado no parcelamento automático. “É uma atitude que pode induzir o consumidor a parcelar sem avaliar as taxas de juros”.