Pepê e Neném apoiam Bolsonaro e dizem que gays não devem beijar em público

"O mundo é para todos, mas certas coisas não é bom fazer, porque você, além de ser gay, é muito julgado por isso. Vamos fazer em quatro paredes"

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  • Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2017 às 19:51

- Atualizado há um ano

As irmãs Pepê e Neném, lésbicas assumidas, gravaram um vídeo de apoio ao deputado federal Jair Bolsonaro. No vídeo, divulgado nas páginas do próprio político, elas afirmam que casais gays devem evitar demonstrações de carinho em público."Eu concordo com algumas atitudes que você (Bolsonaro) vem falando, e a gente também não aceita certas coisas. É claro que cada um faz o que quer da sua vida, mas acho que entre quatro paredes você faz o que você quiser", diz Neném. "Ninguém é obrigado a ver nada de ninguém. No meio da rua, no cinema... Tem gente que passa do limite. Para que você vai passar para a rua coisas que você pode fazer dentro de um quarto? Se você está com vontade de beijar sua namorada, não fica exagerando, porque pode ter uma criança passando. Tenha limite", continua.Pepê concorda com a irmã. "Não é porque somos lésbicas que temos que aceitar tudo. Não é assim, o certo é o certo, o errado é o errado. E a gente não está aqui para passar a mão na cabeça de ninguém, mas quando é errado, é errado. (...) A gente tem que respeitar a família. Aí o gay vai falar: 'Porque os héteros podem se beijar?'. O mundo é para todos, mas certas coisas não é bom fazer, porque você, além de ser gay, é muito julgado por isso. Vamos fazer em quatro paredes", defende a cantora.

O vídeo causou polêmica. "Pepê e Neném, de coração, espero não tenham de se arrepender quando já não for mais tempo por se aliar a quem não te dá direitos básicos", escreveu um internauta. "Pepe e Nenem já passaram por todas as fases de fundo de poço.A última será se converter e virarem cantoras gospel da Universal", comentou outra. "Pepê e Nenem: mulheres, lésbicas e negras apoiando um opressor machista, homofóbico e racista. Para gente. Para", criticou um terceiro. Também teve que apoiasse, especialmente na própria página de Bolsonaro. "Por essa à esquerda não esperava... Duas negras, gays e ainda por cima, apoiando Bolsonaro. Acabou com todos os argumentos sobre homofobia e racismo...", dizia o comentado mais curtido.